imóvel usado pode ser lucrativo tanto para revenda como para locação
21/03/2013 - Boa opção de investimento
A estabilidade da economia brasileira vem favorecendo a compra de imóveis. Concessão de crédito facilitada e juros baixos, somados à manutenção dos empregos e da renda, impulsionam o setor. Mas os imóveis novos, incluindo os vendidos na planta, não são as únicas estrelas desse mercado: os usados têm lugar garantido entre as opções de investimento e também para quem busca moradia.
Renato Teixeira, presidente da rede de franquias imobiliárias Re/Max Brasil, diz que os usados correspondem a 70% do mercado imobiliário no país. “A modalidade está indo bem. Quem adquire um usado pode, por exemplo, fazer uma boa reforma e revender por um valor mais alto”, comenta.
Além disso, observa Teixeira, a mudança na lei do inquilinato, que passou a valer em 2010, deu mais segurança aos proprietários. “Quem quer alugar também tem bom retorno. A legislação desfavorece os inadimplentes e dá mais garantias ao dono do imóvel”, comenta.
Números
Em Curitiba, os usados continuam tendo valorização. Dados do Sindicato da Habitação no Paraná (Secovi-PR) de dezembro indicam que, no final de 2012, havia 9.167 imóveis usados – entre residenciais e comerciais – disponíveis para locação na cidade, e outros 20.776 para venda. O preço do metro quadrado para a venda está estimado, em média, em R$ 2,7 mil. Os imóveis mais caros são as quitinetes e os apartamentos de um quarto. Nessas unidades, a média de preço é de R$ 3,5 mil e R$ 3,2 mil, respectivamente. Esse tipo de imóvel é, também, o mais procurado para aluguel.
Cuidados
A compra de usados exige cautela. Renato Teixeira dá algumas dicas: visite o imóvel com um corretor ou um profissional que possa averiguar se ele está em boas condições de conservação. Caso seja necessária uma reforma, é importante calcular se o investimento valerá a pena. Com relação à documentação, é preciso garantir que o antigo dono não tenha pendências que podem refletir no imóvel, como dívidas trabalhistas; e ainda, se há algum débito de imposto ou condomínio. Se houver, o comprador que terá de arcar com a quitação.