Inadimplência do Crédito Imobiliário no RN
03/04/2013 - Crédito imobiliário
Dados do Banco Central dão conta que em fevereiro último havia no RN 11.064 contratos de crédito imobiliário do SFH (assinados após 24/06/1998). Desse total, 9.446 (85,4%) estavam adimplentes, outros 1.482 (13,4%) estavam com até três mensalidades em atrasos e somente 136 (1,2%) tinham mais de três prestações inadimplentes.
Os dados da tabela acima mostram nitidamente que está ocorrendo uma expansão do crédito imobiliário no estado, acompanhando uma política nacional de fortalecimento do setor, sobretudo após a criação do programa Minha Casa, Minha Vida. Entre dezembro de 2009 e fevereiro de de 2013 o número de contratos cresceu 175%, saltando de 4 mil para 11 mil.
É comum vermos em alguns meios (notadamente nas redes sociais) certos “diagnósticos” que apontam para risco de crescente inadimplência do setor. Todavia, não é isso que os dados mostram. Podemos ver pela tabela acima que desde fins de 2009 a inadimplência com mais de 3 meses de atraso tem se mantido abaixo de 1,5% do total de contratos.
Além disso, em dezembro de 2009 havia cerca de 18% de contratos com até 3 prestações em atraso. Em fevereiro desse ano esse percentual era de apenas 13,4%.
No ano passado nós tivemos apenas casos episódicos de crescimento dos atrasos de até três meses. Esses foram os casos dos meses de setembro e dezembro, quando a taxa beirou os 20%. Todavia, rapidamente esses indicadores voltaram para patamares mais baixos (entre 11% e 13%).
Os atrasos até três meses não preocupam ao mercado. Demonstram apenas dificuldades momentâneas do consumidor. As oscilações estão dentro da normalidade e não apresentam tendência de crescimento nos últimos anos.
Seria preocupante, porém, se os atrasos com mais de 3 meses estivessem crescendo. Aí sim poderíamos configurar uma crescente inadimplência desse mercado. Mas não é isso que vemos no mercado local.
Portanto, o principal indicador de saúde do crédito imobiliário local mostra-se bastante robusto, indicando não haver qualquer sinal de preocupação no momento. A inadimplência do setor, entendida como aqueles atrasos de mais de 3 prestações, está absolutamente sob controle e é uma das mais baixas dentre as outras formas de crédito.
O crédito imobiliário no Brasil ainda apresenta uma baixa proporção do PIB. Além disso, o país ainda tem um déficit habitacional significativo. Tudo isso significa que nós precisamos que essa política de expansão do crédito direcionado a habitação continue. É importante não só para dar acesso à população a uma moradia digna como também para fortalecer a economia, a geração do emprego e da renda.
Fonte: aldemirfreire.portalnoar.com